Existem hoje no Brasil cerca de 34 milhões de jovens de 15 a 24 anos, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2006, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa juventude ,embora muito diversa e heterogênea em um país de tantas facetas como o Brasil vem criando e propondo novas formas de participação política: pelo voluntariado, em organizações de economia solidária, em coletivos culturais, em associações comunitárias, enfim, das mais variadas formas.
"O grande desafio é como combinar todos esses esforços de participação para que eles se efetivem em uma melhoria das políticas públicas".
Segundo pesquisa realizada em 2005 pelo Ibase e pelo Instituto Pólis que ouviu a opinião de jovens sobre os limites e possibilidades da sua participação em atividades políticas, sociais e comunitárias, em quatro das oito regiões metropolitanas estudadas a questão da "Política/Corrupção/Descaso do Governo com jovens/Falta de consciência dos(as) governantes" sequer foi mencionada entre os cinco temas que mais preocupam os jovens.
O relatório conclui que "a consciência de direitos para esses(as) jovens é mais imediatamente percebida no plano da "questão social" do que na esfera dos direitos relacionados com a vida cívica e as liberdades fundamentais". E sugere que o dado é "pista importante para pautas educativas e de mobilização que se dirijam à ampliação da consciência dos direitos dos(as) jovens brasileiros(as)".
Mesmo sem essa conscientização, essa formação para participação, uma parcela da juventude vem se mobilizando, realizando intervenções diretas no local onde vivem. "Evidentemente que esse universo de jovens empreendedores sociais não representa a maioria dos jovens no mundo. Mas temos que considerar que é uma parcela significativa, a ponto de provocar influências positivas no curso da história de suas comunidades, ou das comunidades onde atuam.
Essas ações isoladas desmentem o senso comum de que os jovens de hoje são politicamente alienados, apáticos, individualistas. "Os jovens são invisíveis, mas eles se tornam perceptíveis quando agem. Isso explica a imagem que a sociedade tem da juventude como problemática. Quando os jovens trabalham e fazem um bom trabalho, não são vistos como jovens, mas como empreendedores de sucesso", afirma. Por outro lado, ela também acredita que esse olhar sobre a juventude está mudando.
sábado, 28 de novembro de 2009
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Camille,
ResponderExcluirGostei dos dados que trouxeste e com certeza há ações isoladas que afirmam uma participação dos jovens nas questões sociais, principalmente as voltadas para o voluntariado. Mas os jovens estão com dificuldades de lutarem por algo coletivo de forma que se unam para essa luta. Ações individualizadas contribuem para uma inclusão social e é necessário, porém, com essas medidas não se consegue uma mudança estrutural e era isso que a juventude, principalmente nas décadas de 70 e 80, faziam. Levavam para as ruas suas angústias que não eram individuais e sim coletivas. Também não podemos dizer que a maioria dos jovens fazem isso, pois estudos comprovam que os jovens hoje em dia não se interessam pela política do seu país. Esses dados são da UFRGS e da UFRJ. Como modificar esse quadro? Podemos maximizar essas políticas assistencialistas? Como torná-las universalizantes?
Um beijo.